Uma
das maiores reclamações dos aposentados e que geram milhares de pedidos de
revisão é a defasagem salarial.
É
muito comum encontrarmos aposentados que reclamam do valor da aposentadoria
dizendo que se aposentaram com X salários mínimos e agora recebem menos, em
alguns casos já estão recebendo o mínimo.
Mas
para entendermos um pouco dessa defasagem precisamos voltar um pouco no tempo.
Durante o governo Collor no início da década de 1990, foi feito a desvinculação
do aumento dos benefícios pagos pela previdência e o salário mínimo, começa
então a defasagem salarial dos benefícios.
Geralmente
os governos reajustam os benefícios acima de um salário mínimo apenas com a
inflação, porém o salário mínimo tem um aumento maior.
Pelo
acordo fechado no final de 2006 e que entrou em vigor em 2007, o salário mínimo
deve ser reajustado conforme a inflação no ano anterior pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) e um adicional representado pelo crescimento do PIB
de dois anos antes.
Com
isso o salário mínimo tem um aumento maior que os dos benefícios, por exemplo, caso
a inflação fique em torno de 5%, esse será o aumento dos aposentados e
pensionistas, já o salário mínimo pode ter um aumento maior, como por exemplo
12%.
E
qual o resultado disso? Comparando o valor do benefício pago pela previdência
com o salário mínimo há uma defasagem, com o tempo quem começou ganhando 3
salários mínimos, por exemplo, tem o valor reduzido (comparando com o mínimo),
podendo chegar até a apenas um salário.
Mas
como podemos ver o vilão não é o INSS e seus reajustes, e sim o salário mínimo.
Apesar de ser importante a valorização do mínimo para as pessoas, para o
combate a pobreza e para o mercado/comércio, ele também causa problemas como os
das defasgens nos benefícios.
Qualquer reajuste que não acompanhe o salário mínimo poderá sofrer defasagem, como as aposentadorias privadas, um imóvel de aluguel, já que o indice que reajusta os aluguéis é o IGP-M e ele pode ser menor que o reajuste do mínimo, entre várias outras coisas.
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