O Plano Cohen é
um documento supostamente criado para justificar um golpe de estado que tiraria
Getúlio
Vargas da presidência. Foi escrito pelo então capitão integralista Olimpio
Mourão Filho, depois de um pedido do líder da Ação
Integralista Brasileira (AIB), Plínio
Salgado.
No dia 30 de setembro de 1937, foi descoberto
pelo governo e anunciado no programa de rádio “Hora do Brasil”, pelo chefe do Estado-Maior
do exército brasileiro, o general Góes Monteiro. O objetivo do plano era o de
acusar Getúlio Vargas de tentar tomar o poder de um dos dois candidatos as
eleições presidenciais de 1938, José Américo Almeida e Armando de Sales
Oliveira.
Com isso, a população ficaria assustada e se
aproveitando desta fragilidade seria possível tomar o poder e realizar uma
revolução comunista no Brasil. Os chefes militares seriam eliminados, operários
e estudantes fariam literalmente barulho, os presos seriam libertados e haveria
depredação de casas e lojas. Além disso, o plano tinha como intenção o
sequestro dos Ministros de Estado, Presidente do Supremo Tribunal e os
Presidentes da Câmara e do Senado.
Um dia depois do pronunciamento, mais
precisamente no dia primeiro de outubro, o governo entrou com um pedido e foi
atendido em menos de 24 horas pelo Congresso Nacional quanto ao decreto de
Estado de Guerra no país, com isso ele tinha o direito e também o poder de
suspender os direitos constitucionais. Com o aval do Congresso, Getúlio iniciou
uma verdadeira caça as bruxas, perseguindo todos os comunistas implicados no Plano
Cohen e os seus rivais políticos. Semanas depois, o Congresso Nacional
do Rio de Janeiro foi cercado.
No dia 10 de novembro, o então presidente deu um
golpe de estado, implementando uma nova Constituição, o chamado “Estado
Novo”, que seria o marco do final da Era Vargas. As
eleições à presidência foram canceladas, passou a vigorar a Constituição de
1937 (que concentrava o poder nas mãos do chefe do Executivo), os partidos
políticos foram suprimidos, a pena de morte foi instaurada e com o estado de
emergência o presidente podia invadir qualquer residencia, ou seja, o Plano
Cohen deu força a Getúlio.
Em 1945, o general Goés revelou que o plano todo
tratava-se de uma farsa já que Getúlio Vargas queria continuar no poder,
suprimir as eleições de 1938 e também acabar com as ameaças comunistas. O nome
do plano foi dado pelos militares que como queriam que não houvesse nenhuma
suspeita, colocaram de Cohen, devido ao líder comunista húngaro Bela Cohen. A
partir daí, todos os envolvidos tentaram jogar a batata quente para outro. Goés
disse que o documento havia sido entregue por Mourão Filho, que por sua vez
afirmou que escreveu o texto para ser utilizado pelo AIB. Plínio Salgado alegou
que sabia da farsa mas não disse nada em público para não deixar o exército mal
visto pela população.
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